terça-feira, 30 de abril de 2013

Papel



Branco,
de branco,
em branco,...
Quer que eu seja franco?
Quer mesmo saber?

Era só mais um versinho
que morreu antes de nascer!

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Motivos

(In) Trospectivo,
altivo, decisivo,...
Por vezes, depressivo.
Tanto faz.

Para se ser feliz
basta ter-se um bom motivo!

domingo, 28 de abril de 2013

Sobre as culpas











Depois que tanto refleti
me olhei no espelho
e admiti.
"Você me faz mal".

Mas a culpa não é sua.
Pois fui eu que permiti!



Viseiras Virtuais

 
Os cavalos que puxam as carroças
usam viseiras impostas. (Coitados).
Veem parte da vida.
Alguém lhes aponta o rumo.
E eles seguem resignados.
 
Mas e quem pensa que viu a vida?
Que lambuzou-se com ela,...
Seriam viseiras virtuais?
Ou mentiras em aquarela?

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Poético


Todos morrem por algum motivo.
Excesso de coragem,
acidentes, fatalidades,
natural ou sintético.
Mas e se eu morresse de amor?
Isso sim seria poético!

Giz


E cada lua que me prateia
tem cheiro de ontem.
Desejo de mais;
Pensamento que vagueia!

Tem os versos que eu não fiz,
tem um "Q" de não sei bem;
Entregas descritas em giz.
Felicidades que não vem.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Moinhos







Introspectivo que sou
convivo com os moinhos.
Sorrio e me dou;
E deliro caminhos.

Sonhar é o que se precisa.
E eu te reconheço nas nuvens
minha amada Dulcinéia
que esvai-se com a brisa.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Esse Cara "Não" Sou Eu

 
 
 
 
 
 
Disparo contra o sol
Sou forte, sou por acaso
Minha metralhadora cheia de mágoas
Eu sou um cara
Cansado de correr
Na direção contrária
Sem pódio de chegada ou beijo de namorada
Eu sou mais um cara
(...)
Cazuza Live

terça-feira, 23 de abril de 2013

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Não Arrefeceu


Ainda nem amanheceu,
não arrefeceu
e tampouco sou eu.
A magia do estar
mingua na ausência.
É um sonhar doente,
pesadelos de impotência;
Não é gelado e nem quente!

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Mudo de Mim


E eu fico mudo de mim.
Nada escrevo,
nada brota do nanquim.
Nas noites que não me atrevo.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Dom Quixote Moderno

E se eu brigar,
se eu gritar,
se eu beijar
ou se eu amar.
Eu, eu, eu,...

Ainda serei eu.
Esta mistura de
Quasímodo e
Dom Quixote
modernos.

Escondido numa torre
ou matando moinhos.
e talvez meu *antidote
ainda fossem teus carinhos.




*(Lisbela e o Prisioneiro)
 


terça-feira, 16 de abril de 2013

Primeiro Amor

Hoje eu encontrei na rua
o meu primeiro amor.
Aquele da infância.
Que o tempo manteve na distância,
É claro que houve um temor,
É óbvio que sonhei a lua.

É tão bom sorrir ao passado,
que eu me senti guri levado.

Pé do Ouvido


E eu que já fui:
Exaltado,
elogiado,
exacerbado,
bem tratado,
enamorado,
enumerado,
abandonado.
Agora sigo
calado!
 
Pois que mesmo
ao pé do ouvido
algumas palavras
perderam o sentido!

segunda-feira, 15 de abril de 2013

O Belo


Cantam alto nas favelas,
no asfalto, brada a garganta;
O feio já não me assusta
mas o belo ainda me encanta!

domingo, 14 de abril de 2013

Metamorfoses


Um sapo que queria ser principe;
Um arbusto que ousou fazer sombra;
Um menino que queria voar;
Sonhos que tentaram ser realidade.
Figurinhas que não nasceram selos.
Quanta ilusão
em tão pouca verdade,...

Pois no caminho haviam tantos pesadelos,...

sábado, 13 de abril de 2013

Hoje eu Sei


Quando me dissestes adeus,
eu achei  que morreria.
Hoje sei que não se morre
por algo que não havia.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Sexta

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sai prá lá tristeza
que hoje é sexta.
Vou lá fora viver
que parei de ser besta!

terça-feira, 9 de abril de 2013

Triste Sina




Ela vendia sonhos e
jurava amores.
Versejava em sibemol;
Intensa e bela.
Mal fazia uma volta no sol,
sucumbia em suas dores.
Escarlate em aquarela.


(Cansada)

Mentia que era feliz,
que era dona do nariz;

(Coitada)

Queimava qual chama tesa
em busca de nova presa!

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Azul ou Vermelho?


Troquei cristais quebrados
pelo brilho prateado da lua.
Brindei calado, no espelho,
à minha alegria e a tua.
 
Virei guri, me vi pentelho,
Sou pássaro, sou vento, sou eu!
Escrevo em azul ou vermelho,...
(tanto faz).
Que a vida não volta atrás.

domingo, 7 de abril de 2013

Mesquita



Na mesquita do prazer
rezei em silêncio total.
E se murmurei o teu nome,
(creias).
Não foi sem querer,...
Foi desvario carnal!

Verniz


A noite é longa e crua,
dona da própria frieza.
Um poeta vai à rua
debruçado em sua mesa.
 
Joga palavras ao vento,
misto de dor e porvir.
E é como se fosse alimento,
esta angústia do sentir.
 
Sem a lua que o valha,
ou estrelas de verniz.
Corta feito navalha
sobre a velha cicatriz.
 
Esta dor, de a muito morta
reabre a louca ferida.
o passado bate na porta,
travestido de guarida.
 
Escreve poeta, escreve;
Conta em silêncio total.
Pois que a vida não se atreve
a ser capa de jornal.

sábado, 6 de abril de 2013

Extra! Extra!


Extra! Extra!
Saiu na Zero Hora,
escrevi no meu diário:
Meus ídolos do passado
(agora)
viraram os monstros
do armário!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Me Entrego



Eu me sinto
e te sinto.
E estas palavras
que viram versos,
calam fundo.
Falam alto,
gritam baixinho.
Vão-se ao mundo!

E eu te admiro
e te olho.
Sim, eu te miro,
(não nego).
e no mirar
me entrego.

Red 36


Era uma vez uma bela e frágil Chapeuzinha
que havia sido enganada por um lobo voraz.
O lobo por sua vez, saciado, foi ao mundo.
Mal sabia o coitadinho
que fora ele a vítima
desta implacável e faminta Chapeuzinho.

Pois que travestida de indefesa,
brincava de submeter-se a sua presa.
Roubava-lhes seus sonhos de amar
e um a um, alegrava-lhe enumerar.

Mas eis que baixa a cortina,
Eis que o dia amanhece.
Não é ouvida sua prece
cai a máscara de Colombina.

O lobo nem mais é tão lobo,
Chapeuzinha se traveste,
muda o foco. Outro alucina.
Segue a vida, volta a rotina.

Chuva


Chove uma chuva forte
destas de lavar a rua,
de lavar a alma,
de beijar a sorte,
de deixar a tarde nua.

Irreverente;
Displicente.
Chuva explicita
e indolente!

terça-feira, 2 de abril de 2013

Pegadas (Nossas)


Mas se as ondas na areia
apagaram os rastros nossos,
        (com tão intenso furor)
é por que não pisamos forte.
E foi relegado a morte
o que tu chamavas de amor!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Ínsone









Quando perco o sono,
penso tanto em ti
que me abandono.
Me afasto de mim,
te busco no vazio.
Queria ser teu vadio;
E adormecer bem assim!