Era uma vez uma bela e frágil Chapeuzinha
que havia sido enganada por um lobo voraz.
O lobo por sua vez, saciado, foi ao mundo.
Mal sabia o coitadinho
que fora ele a vítima
desta implacável e faminta Chapeuzinho.
Pois que travestida de indefesa,
brincava de submeter-se a sua presa.
Roubava-lhes seus sonhos de amar
e um a um, alegrava-lhe enumerar.
Mas eis que baixa a cortina,
Eis que o dia amanhece.
Não é ouvida sua prece
cai a máscara de Colombina.
O lobo nem mais é tão lobo,
Chapeuzinha se traveste,
muda o foco. Outro alucina.
Segue a vida, volta a rotina.