quinta-feira, 30 de maio de 2013

Diva

Poesia vadia, vilã,
traiçoeira e sórdida.
Voltes aqui.
Preciso-te hoje e não amanhã!

(Justo agora que eu te queria):

Tu me foges a galope,
tu me deixas a deriva;
Não trazes mais minha musa.
Levastes por fim, a Diva!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Se Esvazia,...


A minha poesia
 (feito areia)
  se esvazia
   na ampulheta do tempo.
    Talvez sejam os desenganos,
     ou os fracassados planos.
      Eu não sei!
       Mas sei que vai amanhecer,
        sei que pode chover,...
         E sei também que a poesia,
          lentamente se esvazia.

sábado, 25 de maio de 2013

Metáforas





Eu crio metáforas,
adjetivo desejos.
de méis faço cânforas
Descrevo sensações,
invado corações
e roubo teus beijos.

Entremeios, descanso
contemplo teu universo.
E em pleno remanso,
preparo-me para assistir
o parto de mais um verso!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Instintos




As vezes sou fel,
noutras cato o mel.
Tem vezes que choro,
e as vezes eu oro.
As vezes eu amo,
Há vezes que clamo.
Por vezes te sinto
e vejo-me instinto!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Refrão

 
Não havia mais poesia.
Não havia mais razão.
Mas eis que havia uma flor.
Eis que ainda amanhecia;
Ouvia-se, ao longe um refrão.
Nas "letras" de um sonhador.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Flor Secreta


E minha flor, de tão secreta,
habita um jardim suspenso.
Hora é amor, hora inquieta.
E tem aroma de prazer
(e é tão doce e tão intenso),
Que as vezes me faz renascer!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Versinho Ordinário


Perdi uma vogal no chão,
foi prá baixo do armário.

Justo aquela que emprestava tesão
à este versinho ordinário.

domingo, 19 de maio de 2013

sábado, 18 de maio de 2013

Frio


Faz-se  o frio no sul do sul
e apesar de tantos senões:
há um belo céu azul.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Dama da Rua


Uma noite um poeta olhou a lua.
Quis tocá-la com seus versos.
Imaginou-a completamente nua;
Catou uma rima profana,
foi provar da carne crua.
Voltou saciado e tristonho
pois que, a dama prateada da rua
(qual fumaça),
esvaiu-se de seu sonho!

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Devaneio


Há monstros que ousam,
anjos que bradam.
Amores que destroem
e dores que encantam.
A vida engana e assusta,
para só depois
cantar baixinho.

Música doce,
magia no ar.
E se houverem clarins
terá valido a pena
sonhar!


Calendário








Olho o calendário.
Saio por ai;
Me revolto!
Cabisbaixo e pensativo,...
Nem sei se volto!

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Rabo de Saia


Não tem frase que saia,
não tem frio que
se esvaia.
Nem nada que me distraia.
Queria um rabo de saia;
Até meia dúzia de vaias.
 
Talvez, só você e a praia!

domingo, 12 de maio de 2013

Mãe


Então eu fui pesquisar.
Mas "Mãe" não tem rima.
E também nem precisa.
Pois de Deus é obra prima!

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Novinho em Folha

 
Eu quero um amor novinho em folha,
com mistérios a desvendar;
Cheiro de mel ao amanhecer,
segredos não contados ao pé do ouvido.
desejos escancarados à serem vividos.
Eu quero um amor que seja meu,
indivisível e generoso.
Dengosamente gostoso.
Quente como o café,
com uma pitada de fé.
Outra de irreverência,
mãos dadas ao entardecer
e muitas coisas à viver!

terça-feira, 7 de maio de 2013

Sentir










Sentir saudades,
sentir vontades,
algumas ameninades.
Um tanto de tempestades.
Mas acima de tudo:

"Sentir"!

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Jardineiro Eu Sou












Existe um jardim secreto
onde um fiel jardineiro
cuida de sua flor.
Tem borboletas de afeto,
um passarinho festeiro
e um tantão assim de amor!

domingo, 5 de maio de 2013

Vagabundo






E se eu me isolasse do mundo?
Das emoções que borbulham?
Se fosse só um vagabundo?
Alheio, desatento,...
Notívago, giramundo;
Será que seria feliz?
Ou um ignóbil moribundo?

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Urbano e Heremita

Alheio ao cinza das fumaças,
longe das todas pirraças.
eu me senti mais humano.
Passo tão despercebido,...
Eu, heremita urbano!

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Gole


O gole, que a mente bole;
 Bole! E a seco, engole.
  Ao som da gaita de foles,
   eu quero que não te enroles,
    entornando o que te amole.
     Pois o gole que a mente bole,
      bole o juízo e recolhe
       a razão que ora te acolhe.
        O "não" que agora te tolhe!