segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Jornadas

Houve um tempo distante
que agora parece lenda;
Que a maior preocupação
era a grana da merenda.

Fazia versinhos prá ela
(que eu jamais entregara).
Sonhava em pura aquarela;
E eis que a roda não para.

É era de novas eras.

Esperanças renovadas.
Tantas verdades sinceras;

Almas desarrumadas.
E entre cãezinhos e feras
vislumbro novas jornadas.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Sem Nome



Hoje eu estou sem fome.
Acordei sem nome
e sem destino.
Dos meus sonhos,
assassino?

Não sei!
Posso não saber do que gosto;
Mas enumero o que abomino!

E se alguém me pede calma
faço invisíveis curativos
nas cicatrizes da alma.

Respiro fundo e sorrio;
E não perco esta mania
de pensar que amanhã
sempre será outro dia!

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Hoje

Hoje eu corro menos,
eu arrisco menos.
Eu tolero menos,
e até sorrio menos.
Acho que sonho menos,
bebo menos,
falo menos
e perdoo menos.

Mas quando eu amo,...
eu amo demais!

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Construção


 

Vejam como é a vida:
Como num passe de mágica
eu construi a casa
e ela voltou a ser trágica!

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Vergelina


O sonho é realizado
num retângulo
de dez por oito.
A vizinha toma um chá
ruminando seu biscoito.

Outra década se foi,
outro Natal que vem.
Eu quero é morar no campo
e levar vida de boi.

Abaixo a conta da luz,
fila de banco e mercado.
Me serve um trago de paz,
me deixa partir sossegado.

Meio século passou;
Calorias, luta e rotina.
Tanta coisa prá dizer:
Vou contar prá Vergelina!

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

CTRL + ALT + DEL

Se tu me deletas
apertando um botão
fica parecendo fácil.
Fica parecendo fútil.
E aquele passado?
Que eu te dei colo?
Remédio? Carinho?
Vai formatar?

Um dia hás de querer
restaurar o sistema
e talvez não haja backup.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Tanto de Tudo


Sem dores
nem temores.
Sem borboletas
na janela,
ou poemas para ela.

Tinha o ouro do trigo,
o prata da lua.
Multicores de amigo,
poça d'água na rua.

Tinha tanto de tudo
e agora é nada de nada.
Não tem mais beira de rio
e nem pedras na estrada.

sábado, 19 de outubro de 2013

Senões























A lua é instável
para os apaixonados;
As estrelas são poucas
ante tais idéias loucas.
A vida é passeio
para os que a vivem
sem receio!
Grandes diminutivos
não depreciam.
Podem ser afagos
que se prenunciam.
A noite é cama no chão;
Estrelas e lua são
cortinas ao vento
que a vida desenha a mão;
e toca suave,
e toca com gana,
e toca com aquele toque
de voar feito ave.

Para que planem indeléveis
aqueles que se sentregam
sem senões ou porques!

sábado, 5 de outubro de 2013

Só Hoje










Me serve uma dose de loucura
antes de amanhecer.
Que a vida anda mais dura,
e hoje eu quero beber.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Midas

Nem o whisky com gelo,
ou o hot-dog da esquina;
Vão ouvir o meu apelo
com cheiro de nicotina.

Eu carrego tantas vidas
na vida que eu me tornei.
As vezes me sinto Midas,
de quase nada sou rei.

Me dá um pouco de orvalho,
com fundo de Legião;
Quem sabe jogar baralho,

Falar coisas sem noção,
ser guri por um momento;

E murmurar uma canção!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Setembro






Chega enfim, de tanto desgosto,
vou esquecer o que eu lembro;
Pois que, se não sorri em agosto,
que me venha então setembro!

Vou chutar a poça d'água,
dançar na chuva e brincar.
Fazer poemas prá musa,
e quem sabe até sonhar!

domingo, 1 de setembro de 2013

Meus Pretéritos



Acredito nas pessoas
e me surpreendo.
Vou assim todos os dias
acreditando e vivendo.
As vezes me sinto feliz;
noutras, me arrependo!

Tem horas que até sorrio.
Me vejo assim, deslumbrado;
Pena que é só quando eu olho
para as coisas do passado!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Flocos de Neve



A palavra congela tácita
ante um floco de neve.
Lá fora o sol cogita;
possibilidades de greve!

E entre tremores pequenos
constato que nesta vida,
enfim e/ou de mim;
Cada vez mais você tem menos!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Um Passarinho



























Um passarinho me contou,
que a galinha disse,
que o cachorro falou:
Que amanhã é outro dia
e a dor de ontem
não vingou!
E tem cheirinho de pão;
O café nem esfriou.
E nasce um sonho novinho
que nunca ninguém sonhou!

domingo, 18 de agosto de 2013

Uma Flor no Deserto























Nasceu uma flor no meio do deserto.
Brotaram sorrisos fartos, esperanças,
desatinos, disputas e projetos.
O velho egoismo de longe, veio perto!

Passaram-se os maus por bons.
Pacifistas foram sucumbidos;
O que era errado virou certo.

Até Deus, imparcial e generoso;
Estupefato, pôs-se boquiaberto!

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Loucura ou Fome?




Não fica triste homem!

Pois se trocarem teu nome,
pode ser loucura ou fome.
A palavra que as vezes some
é a que mais nos consome!

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Pessoas





Se as pessoas te frustrarem,
talvez não sejam elas que te decepcionam;
e sim você que cria expectativas demais
onde nada haveria de florescer!

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Cabriuva




A poesia baila na chuva.
Cabisbaixa e sem rodeios,
envelhece em cabriuva.

Desviando dos receios.

sábado, 3 de agosto de 2013

Máscara


Ela esconde o seu rosto
para mostrar sua alma.
sem senões,
sem poréns,
reticências e
nem mentiras toscas.
Ela esconde o rosto
por que o melhor
não pode ser visto
com um olhar
critico ou  cheio
dos vícios sociais
que nos ensinaram
tão cruelmente a seguir sem pensar!

Por isso ela esconde o rosto!
Para poder ousar,...

terça-feira, 30 de julho de 2013

Tragos

E é no sonho da lida,
na lembrança da querência,
que sorvo outro trago de vida
da garrafa da existência.

E esta instável bebida
as vezes tem gosto de fel;
Quando nem mais apetece
Fica doce feito mel.

Tem cor de arrependimento,
licorosa qual saudade,
e um "Q" de contentamento,

Mas tem amor de verdade,
um cadinho de carmim.
Pena que está no fim!

domingo, 28 de julho de 2013

Apesar










E apesar de seres tão ausente,
apesar de cada safanão;
A vida segue, e indiferente.
Tanto faz se "sim" ou "não"!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Cidade




A cidade lá embaixo
mais parece um brinquedo,
destes que se vai montando aos poucos.
Revisito cada beco; suas singularidades.
Vôo mais alto, vôo mais lento,...
Foi bem ali que eu cresci!

"Agora sou vento".

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Dia do Homem


Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter
(...)

Gilberto Gil

Mas,...












Mas se houver dor
que engrandeça o ritual.
Que emane deste amor,
nesta entrega sem igual.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Saudades


Sinto saudades dos amores que se foram,
das amizades que partiram;
Dos sorrisos que eu não dei,
pores-de-sol que não reparei.

Sinto saudades imensas
de tudo o que teve fim
(das tantas coisas intensas),
e até saudades de mim!

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Isopor

Eis que existiu um amor,
que tão fácil morreu.
Feito sonho de isopor:
(Ao aquecer), derreteu!

sábado, 6 de julho de 2013

Orgias






























 Vem a noite,
vai-se o dia.
Se antes, açoite;
(solitário)
Agora é orgia,...
(meu calvário)!

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Passado











As manchetes novas
das antigas revistas
são lembranças vivas
para as velhas vistas.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Máscara

Haverá o dia em que
cairá a máscara
do pseudo inocente.
E neste dia eu
dormirei
contente!

terça-feira, 2 de julho de 2013

Frio

 
Na noite fria e tumular,
uma coruja de cachecol
desiste de seu piar.
Anseia um raio de sol.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Brisa

Que a brisa suave ou
o nervoso do vento,
acaricie tua face e,
leve a certeza de que tens
amigos. E tendo amigos,
que jamais estarás só.
E, em  jamais estando só,
a convicção de que a vida é
um eterno compartilhar,
cada segundo, cada detalhe,...
Com todos aqueles que amamos e
que nos amam.
Tornando este caminhar um eterno passeio de mãos dadas.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Fobia









Eu tenho fobia
de gente falsa.
Gente que mente,
gente que finge,
gente que omite,
que não se permite.

Eu tenho fobia
de gente esquisita.
Que desvia o olhar,
que não fala na cara.
que empina o nariz
e finge que é feliz!

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Flor e Coleira


Em Mesquitas nascem flores
a sombra das aroeiras.
Eu não as colho em verdade.
Enfeito-as com belas coleiras!

Pedras e Flores

 
Entre pedras e bombas,
entre fogos e balas,
alguém atira uma flor.
Alguém sacode seu voto.
 
Não!

Nem tudo está perdido.
Nem tudo foi em vão.
"Fora" as promessas torpes;
abaixo as desigualdades;
Pois que o poder do povo
tem ideias e ideiais.
 
Não tem idades!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

"Nimim"

 
Poesia que bate bate,
poesia que já bateu.
Quem pensa nimim é ela
e quem escreve prá ela
sou eu!

sábado, 15 de junho de 2013

Hai-Cai de Inverno


                                              Sábado cinza.

E um velho salgueiro

                                                                                   cala ranzinza!

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Andanças



De galho em galho,
feito a ave perdida
nos encantos de fim
de orvalho,
fui pululando vida afora.
Estradas a dentro,
corações a esmo;
Olhares a deriva e,
pensamentos dispersos.
E assim, sem que eu percebesse
passaram-se os anos,
vieram as rugas,
foi-se o louro dos cabelos joviais.
Deram lugar ao cinza-vivência.
E estas palavras?

Elas nada mais são do que o resumo
de tantas andanças!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Soneto Bizarro







As bestas notívagas da infancia
viraram fantasias bizarras.
Soltaram-se das amarras:
De eclodir, sentem ânsia.

Dançam ritmos frenéticos,
comem musas de anoitecer.
Nos versos nada poéticos
urgem febris de acontecer.

E num pensamento bizarro
sonho-te cumplice e flor.
Entre um e outro cigarro

Eu murmuro-te "paixão"
Eis que na alcova te amarro
e ofertas-me teu tesão!

terça-feira, 4 de junho de 2013

Medos

 
Que todos os teus medos
não impeçam que
aconteçam
meus mais cobiçados
segredos!

segunda-feira, 3 de junho de 2013

À Vida

A vida segue a passos largos,
usa viseiras, não faz poupança.
Sou homem crescido e voraz.
Que ainda se sente criança.

A vida segue sorrateira,
sem placas de advertência.
Mão única, sem retornos.
Nem paragens de inocencia.

A vida persegue a emoção;
Libido, luxúria e querer.
as memórias que regurgitam
são resquícios de prazer.

A vida prossegue em desdém,
faz pouco caso do amor.
Teme os sorrisos dos olhos
travestindo-os de pavor!

Que a vida sossegue por fim,
neste peito tão urgente.
Que a sorte sorria prá mim
quando romper-se a corrente!

Promessas

 
 
 
 
 
 
 
Não me ofereças o que não podes cumprir.
Tipo sol em meio de chuva;
Frio de bater queixo em janeiro;
A eternidade do que me dá prazer;
Flor vistosa no deserto;
Sentar um cadinho mais perto;
Ou simplesmente sonhar acordado.

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Diva

Poesia vadia, vilã,
traiçoeira e sórdida.
Voltes aqui.
Preciso-te hoje e não amanhã!

(Justo agora que eu te queria):

Tu me foges a galope,
tu me deixas a deriva;
Não trazes mais minha musa.
Levastes por fim, a Diva!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Se Esvazia,...


A minha poesia
 (feito areia)
  se esvazia
   na ampulheta do tempo.
    Talvez sejam os desenganos,
     ou os fracassados planos.
      Eu não sei!
       Mas sei que vai amanhecer,
        sei que pode chover,...
         E sei também que a poesia,
          lentamente se esvazia.

sábado, 25 de maio de 2013

Metáforas





Eu crio metáforas,
adjetivo desejos.
de méis faço cânforas
Descrevo sensações,
invado corações
e roubo teus beijos.

Entremeios, descanso
contemplo teu universo.
E em pleno remanso,
preparo-me para assistir
o parto de mais um verso!

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Instintos




As vezes sou fel,
noutras cato o mel.
Tem vezes que choro,
e as vezes eu oro.
As vezes eu amo,
Há vezes que clamo.
Por vezes te sinto
e vejo-me instinto!

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Refrão

 
Não havia mais poesia.
Não havia mais razão.
Mas eis que havia uma flor.
Eis que ainda amanhecia;
Ouvia-se, ao longe um refrão.
Nas "letras" de um sonhador.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Flor Secreta


E minha flor, de tão secreta,
habita um jardim suspenso.
Hora é amor, hora inquieta.
E tem aroma de prazer
(e é tão doce e tão intenso),
Que as vezes me faz renascer!

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Versinho Ordinário


Perdi uma vogal no chão,
foi prá baixo do armário.

Justo aquela que emprestava tesão
à este versinho ordinário.

domingo, 19 de maio de 2013