segunda-feira, 3 de junho de 2013

À Vida

A vida segue a passos largos,
usa viseiras, não faz poupança.
Sou homem crescido e voraz.
Que ainda se sente criança.

A vida segue sorrateira,
sem placas de advertência.
Mão única, sem retornos.
Nem paragens de inocencia.

A vida persegue a emoção;
Libido, luxúria e querer.
as memórias que regurgitam
são resquícios de prazer.

A vida prossegue em desdém,
faz pouco caso do amor.
Teme os sorrisos dos olhos
travestindo-os de pavor!

Que a vida sossegue por fim,
neste peito tão urgente.
Que a sorte sorria prá mim
quando romper-se a corrente!

Um comentário:

  1. ACONTECIMENTOS - "vê, a vida é breve", repara ao teu redor, vê, como é único o momento para cada coisa e o tempo, vê, e se faz leve. Vê, o sol desta manhã de junho, vê o musgo, vê o risco que no muro se pôs no meu (teu) olhar limpo de enganos. Ou eu pus no teu o meu, o antigo e o puro. Vê, ainda que não te deixe a distração desta brisa orvalhada, pensar que já não és deste minuto. És, de cada instante que fomos, e sempre somos, e canta, e en(canta), e todos os instantes ainda são, ainda que pareça mudo.

    Um poema todo saboroso e belo.
    Como pelo e puro é o sorriso claro, limpo e alvo da inocência,
    a vida é uma corrente viva que não se rompe,
    ainda que os sorrisos sejam travestidos de pavor.
    a vida é sorrateiras e mão (única)
    só permite RETORNOS quando existe (AMOR).

    Parabéns!

    bjo

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